A Virgin não conseguiu ser a melhor das novatas- foi a pior. Isto é, matematicamente por um 15º lugar perdeu para a Hispania, e apesar da revolução em ter um carro projetado inteiramente via CFD, o VR-01 não rendeu o que se esperava e terminou como o lanterna na temporada.
Agora, Richard Branson terá que cumprir a sua promessa de se vestir de aeromoça no caso de que a Virgin perdesse para a Lotus no mundial. Como foi isso o que aconteceu, será realmente curioso ver a cena que deve causar algum constrangimento à Richard.
Ele que, no fundo, é o grande culpado da pífia temporada da sua equipe. Pois convenhamos que com o acervo bilionário que Richard possui, dava tranquilamente para colocar mais dólares sobre a mesa para evoluir o carro- só não fez porque não quis.
A prova de que a Virgin possui sim recursos é a da total seguridade de estar no grid em 2011- enquanto a Hispania cada dia se complica mais em seus próprios problemas financeiros. Pelo menos a garantia de se desenvolver melhor no próximo ano não é tão difícil.
O carro:
Como descrevi ali acima, o VR-01 já entrava como surpresa na temporada por sua programação CFD futuristíca e a agressiva abordagem tecnológica, que é um forte contraste com um dos carros mais bem sucedidos dos últimos tempos, o BGP-001 da Brawn do ano passado, que foi calibrado utilizando-se três túneis de vento.
O projeto em um todo sofreu de inconsistência no início, em um período de quebras que durou mais ou menos até Montreal. Dali em diante a tarefa de completar uma corrida se facilitou, tanto que Timo Glock emplacou 6 GPs sem uma quebra sequer- o que mostrava um avanço. E nas classificações não houveram tantas variações: Na maioria das vezes à frente da Hispania e, de vez em quando, beliscando um lugar entre as Lotus.
Estatísticas:
Glock vs. Di Grassi
Talvez a única atitude certa que Branson tomou neste ano foi a contratação de dois bons pilotos: O alemão Timo Glock e Lucas di Grassi, já conhecido nosso. Timo, como era de se esperar, tomou o posto de 1º piloto automaticamente- a sua boa temporada pela Toyota em 2009 depois de 5 anos no anonimato foi peça-chave para isso.
Lucas, no entanto, já estava agradecido em ter finalmente a oportunidade de estrear na Fórmula 1, e, digamos, a sua temporada não foi nada mal. Di Grassi alternou em altos e baixos, sofreu um pouco, naturalmente, com o frágil carro, mas conseguiu completar alguns GPs (entre eles o 14º lugar na Malásia, sua melhor posição de chegada) e, apesar de ter sofrido uma surra do alemão em Qualifyngs (17 a 2), terminou na 24ª posição o mundial de pilotos- justamente à frente de Glock.
Isso significa que, se continuar na Virgin (o que parece complicado, mas não impossível), levará o número 20 no seu VR-02…
Estatísticas, Lucas di Grassi:
Estatísticas, Timo Glock:
Conclusão:
Com Glock confirmadíssimo para 2011, resta saber que será o outro candidato- se comenta que além de Lucas existam, pelo menos, outros 5 pretendentes à vaga. De qualquer modo, e apesar de ter sido a última no mundial, a Virgin parece ter bagagem e recursos suficientes para seguir com uma boa estrutura daqui em diante.
2010 serviu como aprendizado, e a adaptação aos pneus Pirelli deve ser fundamental para ver uma Virgin melhor posicionada em 2011. Porém, acima de tudo, será necessário um carro competitivo- o que, em teoria, não é fácil de se fazer para uma novata em seu 2º ano de Fórmula 1…
Em se falando de FI, quando pensamos, que não pode piorar mais……………., somos surpreendidos.
Todos os anos…
É uma pena. O carro tem muito mais patrocinio que o da Hispania. E
e é infinitamente mais bonito…
É muito bonito. Mas de que adianta beleza se não há desempenho!
O César Ramos vai testar na Ferrari, semana que vem, acho que mereceria um post, Tomás.
Sim, merece Luiz. Grande feito que César está próximo de conquistar, incrível.
Bom, sabemos que piloto pagante traz grana, porem é meio que tiro no pé, a Renault esse ano se tivesse outro piloto de qualidade estava na frente de Mercedes e com muito mais visibilidade, ou seja traria de uma forma ou de outra grana, a Lotus não teve piloto pagante e isso bom para o seu desenvolvimento, ano que vem acredito na Lotus se equilibrando com Toro Rosso Sauber e Force India, e vejo a Virngin continuar a disputar com HRT as ultimas posições, a não ser que o Richard B injete mais Grana, mantenha o Di Grassi ao lado de Glock e de um passo a mais rumo a se estabilizar na F1, se é que ele quer mesmo isso….
“a não ser que o Richard B injete mais Grana, mantenha o Di Grassi ao lado de Glock e de um passo a mais rumo a se estabilizar na F1, se é que ele quer mesmo isso….”
O que é uma dúvida ainda…
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Stefano Domenicalli classificou a próxima temporada como o “ano da verdade” para Massa, que foi questionado severamente em Maranello por não ter ajudado o espanhol Fernando Alonso nas últimas corridas da temporada na disputa pelo título que ficou com Vettel.
O chefe da equipe Ferrari, Stefano Domenicali, surpreendeu ao dar um ultimato ao piloto brasileiro Felipe Massa, o dirigente avisou que Massa precisa se “redimir” de seus maus resultados no ano e se recuperar na próxima temporada.
A Ferrari não pode ter um piloto com mais de 100 pontos a menos que o outro se quiser ser campeã de equipes. Felipe precisa mostrar serviço!
Mas quando ele estava trazendo uma vitória, a equipe tirou dele. E isso o abalou muito.
Sim. Mas esses 7 pontos a menos não mudariam tanto não Lucas. Talvez seriam cruciais pela auto-estima, mas se Massa sofria mesmo com o aquecimento de pneus, não teria ânimo que resolvesse.
Sim 108 pontos ou 101 de diferença não faria diferença. Mas talvez o estima dele seria melhor do que foi, e talvez Felipe ajudasse Alonso na briga, por que dá pra ver que ele raramente se esforçou para ajuda-lo.
O carro é lindo, mas é horrivel.
Di Grassi merece ficar na equipe só pelo que fez com Glock esse ano, foi muito bem em seu ano de estréia. Infelizmente existe os “pay drivers”.
“O carro é lindo, mas é horrivel.”
Disse tudo, companheiro, disse tudo…
Particularmente acho o Di Grassi um piloto com um potencial enorme. O ano de estreia não foi fácil, foi massacrado por Glock nos qualifyngs, mas por ser estreante é justificável. Porém, acho difícil ele permanecer na Virgin. Pelo que tenho visto até agora, o nome que substituirá Lucas será Aleshin.
Eu também acho que ele é um ótimo piloto, inclusive melhor que Senna, o Bruno, claro. Mas não tem grandes patrocinadores, como a maioria dos pilotos brasileiros, o que dificulta muito as coisa nessa F1.
É. Realmente os novos brasileiros (Massa e Rubens não, claro) sofrem muito com o tema patrocínio.
Massa e Barrica tiveram sorte de entrarem a um tempo na F1. O Senna e o Di Grassi pela idade que os dois tem teriam condição para entra muito antes na categoria, e assim não estariam nesse sofrimento para arranjar vaga, mas não tiveram chance e agora estam nessa luta.
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