Adrenalina e pressão tomam conta dos novatos da F1

Logan Sargeant, Oscar Piastri e Nyck de Vries são os três pilotos estreantes do grid de 2023 da Fórmula 1 (Foto: Mark Sutton)

Na Fórmula 1, todo começo de temporada traz um misto de sentimentos. Entre a decepção ou animação dos fãs, a estabilidade ou o cenário caótico das equipes e a confiança ou o desencanto dos pilotos veteranos, há apenas uma certeza: as primeiras race weeks do ano chegam sempre acompanhadas de muita emoção.

Porém, para alguns, esse momento é ainda mais crucial quando comparado com o que a torcida, os times e a maioria do grid sentem. Dentro deles, adrenalina e pressão se juntam de forma inédita e, logo de cara, proporcionam uma experiência única que pode colocá-los no pódio ou os sobrecarregar.

Sim, nós estamos falando dos pilotos estreantes! Em 2023, a categoria mais cobiçada do automobilismo recebeu três novas transferências: Logan Sargeant, criado pela academia da Williams, Oscar Piastri, fruto do programa de jovens da Alpine, e Nyck de Vries, treinado pela McLaren.

Após a dança das cadeiras do último ano, a chegada da nova geração evidencia que a F1 vive, aos poucos, uma renovação. Atualmente, Sargeant ocupa o assento de Nicholas Latifi na Williams, Oscar Piastri dirige no lugar de Daniel Ricciardo na McLaren, e de Vries assume a vaga de Pierre Gasly na AlphaTauri. 

Mas, afinal, como os novatos estão se saindo neste início de campeonato? Assim como na dinâmica escolar, o nervosismo parece tomar conta ao passo em que as provas acontecem. Consequentemente, as notas, ou melhor, performances em pista, revelam o que esperar do período letivo. 

Quebrando um regime de oito anos sem estadunidenses no esporte, Logan Sargeant alcançou a 12ª colocação em sua estreia, o melhor número entre os calouros, ainda que uma volta atrás do líder da corrida. Na sequência, caiu quatro posições no Grande Prêmio da Arábia Saudita.

Por outro lado, o australiano Oscar Piastri foi com sede ao pote e encontrou uma McLaren sem água, sendo o primeiro a abandonar uma corrida na temporada por problemas técnicos. Apesar disso, a chance de pilotar mostrou um crescimento e, no GP nada convencional da sua terra natal, conseguiu espaço no Top 10.

Consistente, o neerlandês Nyck de Vries se manteve estável e segurou a 14ª posição no circuito do Bahrein e de Jeddah. Contudo, durante a race week sediada na Austrália, a antecipação de Sargeant atingiu em cheio a traseira de sua AlphaTauri, aposentando ambos os carros.

Com os nervos à flor da pele, os novatos da Fórmula 1 estão causando uma bagunça nas emoções de seus times, colegas e, obviamente, dos fãs. Na reta final da espera de quase um mês até o Azerbaijão, Logan Sargeant, Oscar Piastri e Nyck de Vries precisam superar a animosidade em excesso e mostrar a que vieram.

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Nathalia Tetzner é estudante de Jornalismo e ama escrever sobre quase tudo. Seja debatendo cultura ou analisando Fórmula 1, ela sempre carrega consigo um senso crítico e social.

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