Entre os dias 22 e 25 de fevereiro o clima de ansiedade foi instalado no coração dos apaixonados por velocidade. O motivo foi apenas um: A Fórmula 1 deu a largada nos testes antes do início da nova temporada da maior categoria de automobilismo.
Antes da largada para a temporada, os pilotos testam seus novos carros em Barcelona e no Bahrein. O clima é um dos principais obstáculos que as equipes enfrentam, e por isso existem os testes em lugares com climas distintos.
2022 é um ano de mudanças na Fórmula 1. Os carros estão bem diferentes do que já foram e tudo por um único motivo: Eles querem que exista mais competição dentro de pista entre os pilotos em momentos de classificação e corrida.
Ela tem 8 títulos de construtores, e com o seu novo jovem piloto e um heptacampeão ela pretende chegar ao 9º. A Mercedes foi uma das equipes mais citadas entre os jornalistas mais conceituados no assunto, durante esses três dias de testes.
George Russell é o novo piloto da equipe alemã. No ano de 2020 ele já havia pilotado o carro de Lewis Hamilton em um Grande Prêmio, e agora após a saída de Valtteri Bottas ele assume o posto ao lado de Lewis.
O otimismo em relação à Mercedes é algo grande, já que ela terminou à frente nos testes de Barcelona.
Mas, como nem tudo são flores, a equipe de Toto Wolff ainda tem muito trabalho pela frente. O engenheiro da equipe Andrew Shovlin falou sobre o planejamento da equipe para os próximos dias: “Vamos trabalhar com os pilotos no simulador durante os próximos dias; ainda temos trabalho a fazer, acertando o equilíbrio tanto para uma volta como para a corrida. O Bahrain é um circuito muito diferente de uma fria Barcelona, mas esperamos poder fazer bons progressos nessas áreas e construir sobre o que tem sido um início promissor para o nosso programa de testes”.
No último dia de testes, a Mercedes terminou na frente com Lewis Hamilton fazendo setores roxos, e o melhor tempo de todos os testes. O heptacampeão anotou o tempo de 1:19:138 com 88 voltas em sua flecha prateada. E já dando possíveis indícios, tivemos uma dobradinha da equipe no mesmo dia.
Todos dizem que não devemos nos animar com os testes, e nem criar altas expectativas já que nem tudo é o que parece ser. O ano de 2021 nos mostrou que tudo pode acontecer: A Mercedes pode apresentar seus momentos de falhas, mas quando menos esperamos ela consegue se superar e aparecer no topo.
Para os testes no Bahrein, já sabemos que a equipe vem com grandes atualizações aerodinâmicas. Foi o que o britânico George Russell contou para os jornalistas.
O maior problema dos testes foi o efeito “porpoising” ou o efeito “golfinho” dos carros que afetou grande parte das equipes, em especial Mercedes e Ferrari.
Para falar desse efeito, é necessário relembrar das aulinhas de física, mas de maneira mais fácil, a Fórmula 1 explicou sobre esse efeito em seu site: “Um violento salto na suspensão em alta velocidade é o que o motorista sente. A causa é aerodinâmica, onde a borda de ataque do piso, ou talvez a asa dianteira, é empurrada cada vez mais para perto do solo à medida que a força descendente que atua sobre ela aumenta. Quanto mais próximo do solo ele fica, mais poderoso é o efeito do solo, pois o ar corre cada vez mais rápido através do espaço cada vez menor.”
Trazer atualizações nesse momento de testes é o principal passo que a Mercedes dá antes do início da temporada. O ano de 2021 nos mostrou que qualquer erro pode ser fatal, tanto na somatória de pontos de construtores como de pilotos.
Toto Wolff afirma em dizer que a Ferrari tem o melhor motor do grid, e Mattia Binotto chefe da equipe discorda do austriaco. O favoritismo ainda não é algo concreto, já que foram apenas três dias de testes. Ainda temos um longo caminho para percorrer antes de concluirmos algo.
Em partes, o que podemos ter a certeza é que o trabalho da Mercedes não será fácil nos próximos dias, e que o trabalho em equipe precisará ser muito bem executado. A sede em Brackley deve estar movimentada, mas não tanto como a cabeça dos engenheiros.
Maria Clara Araújo, 18 anos, cursando o 2º ano de Jornalismo. É fã de Fórmula 1 desde a infância e dona do desacelerando.f1, onde a velocidade é traduzida em palavras.
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