Williams e os testes de pré-temporada

FW44, o carro da Williams para 2022, durante os testes no circuito de Barcelona-Catalunha. – Foto: Williams Racing.

Durante os primeiros testes de pré-temporada realizados no Circuito de Barcelona-Catalunha, a Williams, com a dupla Nicholas Latifi e Alexander Albon, foi uma das únicas equipes que realizaram os testes de forma revezada entre os dois pilotos. Na ocasião, Latifi relatou alguns problemas pontuais com o FW44, que foram rapidamente resolvidos na garagem da equipe e que não atrapalharam em nada as 347 voltas que os dois pilotos somaram ao final dos três dias de testes.

Tanto os pilotos quanto o chefe de desempenho da equipe, Dave Robson, demonstraram estar satisfeitos com a performance do novo carro na pista, ainda que os dados obtidos no circuito catalão não sejam capazes de traduzir fielmente a real potência do FW44 quando comparado com os carros das outras nove equipes. Porém, a própria Williams sabe que ainda está um pouco longe dos seus rivais no grid e de seus tempos de glória na F1, mesmo tendo uma temporada de certa forma positiva em 2021, ocupando o oitavo lugar no campeonato de construtores.

Sendo a quinta equipe com o maior número de voltas no circuito, a Williams garantiu que o FW44 tem uma “confiabilidade positiva”. – Foto: Williams Racing.

Quanto ao conjunto carro e regulamento novos, além da mudança na direção da equipe, já que em 2020 a Williams foi comprada pelo fundo de investimentos estadunidense, Dorilton Capital. Isso pode significar novos horizontes, o que não quer dizer, necessariamente, uma melhora nem piora, mas sim, novos ares dentro da equipe que não mais pertence à família Williams. A primeira representação desses novos ares foi a remoção do “S” do Senna, que há 27 anos ficava discretamente posicionado na asa dianteira dos carros, servindo como uma homenagem a Ayrton Senna.

Sobre 2022, os planos da equipe liderada por Jost Capito dependem de um carro extremamente confiável, o que possibilitará um árduo desenvolvimento do FW44, evitando assim que a equipe não fique para trás no grid. Além disso, a temporada deste ano pode ser muito útil para ambos os pilotos, uma vez que tanto Latifi quanto Albon vão encarar novos desafios: o canadense como piloto principal e o tailandês que, além de recém chegado na Williams, provavelmente buscará uma redenção após o rebaixamento dentro dos quadros de sua antiga equipe, a Red Bull.

FW44 sob os comandos de Latifi, no circuito de Barcelona-Catalunha – Foto: Williams Racing.

Saíndo do continente europeu, desta vez os testes acontecem no Circuito Internacional do Bahrein, na cidade de Sakhir, que também sediará, no próximo dia 20, o primeiro Grand Prix de 2022. Para essa segunda (e última) etapa de testes de pré-temporada, a formação dos pilotos escolhida pela Williams foi: Albon na quinta-feira (foi 5° colocado no pneu C4, após rodar mais de 100 voltas), Latifi na sexta-feira e ambos os pilotos no sábado, revezados entre a manhã (Nicky) e tarde (Alex).

Mesmo com uma rápida passagem pela fábrica da equipe, em Grove, no Reino Unido, entre os testes de Barcelona e do Bahrein, a Williams garantiu que conseguiu trabalhar com o FW44 e prepará-lo para “explorar o melhor desempenho esta semana”. Para Sakhir, é esperado que a equipe tenha um aumento no nível de performance, se comparado com Barcelona, já visando o desempenho do FW44 para a temporada como um todo. Além disso, no Bahrein a Williams terá acesso a novos dados sobre o carro em condições de temperatura bem diferentes da última bateria de testes no circuito catalão, o que auxiliará a equipe na corrida de abertura da temporada, no dia 20 de março, na mesma pista.


Jorge Willian Ferreira Gonçalves é graduando em Relações Internacionais pela UFG, além de gostar de estudar e pesquisar sobre Leste-Europeu e Ásia Central, também é entusiasta da aviação e da Fórmula 1.

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