O que parecia ser um final de semana incrível para Pierre Gasly, se tornou em um pesadelo. Com a ida para o Q3 e uma performance satisfatória, mantendo a equipe na zona de pontuação durante quase todo o GP do Bahrein, o piloto francês teve que ser afastado da corrida após a parte traseira do AT03 ficar em chamas, o que impediu Gasly de ver a primeira bandeira quadriculada do ano.
Pierre estava na oitava posição quando, após a última rodada de pit stop, o motor do seu carro desligou na curva 1. “Começou a não cheirar muito bem dentro do carro, era praticamente um churrasco na parte de trás do carro. Então não foi o começo que esperávamos”, afirmou em entrevista à F1.
“É uma pena porque, até então, a corrida estava incrível. Conseguimos ter uma largada muito boa, consegui passar Fernando [Alonso] e também Kevin [Magnussen], então perdemos alguns pontos importantes, mas ainda há muitos pontos positivos a serem conquistados a partir de hoje.” completou Gasly.
Com a bateria possivelmente comprometida, o francês pode estar se aproximando prematuramente de uma punição, já que, conforme o regulamento vigente, o piloto só pode utilizar duas baterias por temporada, passível de penalização caso ultrapasse este número.
Entretanto, o piloto japonês Yuki Tsunoda garantiu os primeiros pontos da AlphaTauri em 2022. Com um desempenho abaixo do companheiro de equipe durante a qualificação, Tsunoda apresentou no domingo uma corrida consistente, competindo diretamente com o ex-Mercedes Valtteri Bottas, atualmente pilotando pela Alfa Romeo. Largando na décima sexta posição, Yuki cruzou a linha de chegada na oitava posição, garantindo quatro pontos no campeonato.
“Estou muito feliz com o ritmo da corrida”, disse Tsunoda. “Em geral, precisamos de ainda mais ritmo para lutar. Especialmente [em locais] como o Bahrein, é um pouco mais fácil ultrapassar, mas se enfrentarmos uma pista um pouco difícil de ultrapassar, o desempenho será muito importante na classificação”.
A AlphaTauri atualmente está na 6ª posição no campeonato de construtores, à frente de grandes equipes como a McLaren e a Red Bull, o que mostra o potencial do AT03 para alcançar marcas inéditas para a equipe. Mas para que isso se torne realidade, muito trabalho precisa ser feito.
O diretor técnico Jody Egginton afirmou estar ansioso pelo desafio. “A competição no meio-campo está muito acirrada, e com o primeiro fim de semana em nosso currículo agora temos uma visão mais clara sobre onde precisamos focar nossa atenção para melhorar o AT03 nos próximos eventos”.
__________________________________________
Ethiene Peixoto tem 24 anos, é natural de São Paulo, mas tem o coração 100% soteropolitano. Formanda em Jornalismo e viciada em estudos acadêmicos, ela acredita que tudo pode virar conhecimento científico, principalmente a F1.
Comentários