Com uma estratégia arriscada e inédita, Alexander Albon já realizou um grande feito este ano: O seu primeiro ponto na Williams e o primeiro da equipe em 2022.
A grande surpresa, no entanto, não se deve ao fato de que a Aston Martin agora assume a décima posição no campeonato de construtores, mas sim à corrida espetacular que Albon fez neste Grand Prix da Austrália.
Com um pneu de 57 voltas, o piloto da Williams só realizou o seu pit stop – na última volta! – para atender à obrigação do regulamento da Fórmula 1, que exige pelo menos uma troca de pneus durante a corrida. Partindo da última posição do grid, Albon conseguiu chegar e se manter em 7º lugar ao longo da corrida e caiu para a 10ª pontuação apenas por causa da troca de pneus, terminando com uma diferença de 2.313s para a Alfa Romeo de Guanyu Zhou.
Mesmo com esse ponto conquistado, a Williams terminou o GP da Austrália na 9ª colocação no campeonato de construtores, com nove pontos de diferença para a Alpha Tauri, que assumiu o 8º lugar. Portanto, ao longo do campeonato talvez vejamos as duas equipes trocando de posições entre si e buscando posições melhores conforme os carros forem ficando mais estáveis – sobretudo o FW44.
O significativo primeiro ponto de Albon claramente deu um restart na equipe que vinha frustrada durante um fim de semana horrível, já que no sábado Latifi esteve envolvido em um acidente – o terceiro em três GPs – após uma disputa desnecessária com o seu compatriota da Aston Martin, Lance Stroll.
Apesar do acidente e a 16ª colocação de Latifi no domingo, – que só não foi pior graças ao abandono de Sainz, Vettel e Verstappen –, este primeiro ponto veio em uma boa hora para a equipe que não tinha concluído o Grand Prix da Árabia Saudita e vinha em um início de temporada muito ruim. Porém, a estratégia “sem risco, sem diversão” de Jost Capito, foi a grande responsável por, inesperadamente, fazer com que a Williams terminasse o GP em clima de festa.
Para o próximo Grand Prix, em Ímola, resta apenas a dúvida se a equipe continuará com esse gás dado pela estratégia arriscada ou se esse foi apenas um ponto fora da curva.
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Jorge Willian Ferreira Gonçalves é graduando em Relações Internacionais pela UFG, além de gostar de estudar e pesquisar sobre Leste-Europeu e Ásia Central, também é entusiasta da aviação e da Fórmula 1.
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