2022: O ano do touro vermelho

A Red Bull venceu os Campeonatos de Pilotos e de Construtores deste ano (Foto: Red Bull Racing)

O ano de 2022 acabou mais cedo na Fórmula 1. Em outubro, veio a coroação de Max Verstappen como bicampeão do mundo no Grande Prêmio do Japão e, logo depois, em solo texano, a Red Bull levou para a Áustria o tão cobiçado troféu dos construtores. 

Agora, com apenas 2 corridas sobrando no calendário, o Brasil recebe a categoria com um certo tom de despedida morno, afinal, nesta temporada, não houve tamanha dominância como a da equipe do touro vermelho, imbatível dentro e fora das pistas.

Isso porque, além de ter pilotos competentes, nenhum outro carro do grid se adaptou por completo ao novo formato implementado. A única competição da Red Bull foi a montadora italiana Ferrari, que renasceu das cinzas simplesmente para morrer cedo na disputa. 

Nos Bastidores, também não teve como parar de articular sobre o time: essa coluna, por exemplo, o mencionou diversas vezes ao longo deste ano. Fato é que o adjetivo “polêmico” tem pouco significado para classificar um grupo que gerou tanta controvérsia e pautou grande parte das discussões em torno do esporte.      

Desde as declarações no mínimo questionáveis do chefe de equipe Christian Horner, até o último escândalo do estouro do teto de gastos, a Red Bull se manteve no topo dos debates. E, ainda, conseguiu controlar a linha de chegada com a quase impunidade dos seus atos.

Há interrogações acerca das decisões da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), especialmente em relação às medidas, em grande parte tidas como brandas quando se tratam da equipe austríaca. Recentemente, um acordo foi selado entre as partes a fim de solucionar a quebra “mínima” do orçamento.

Antes considerada apenas uma empresa de energéticos se aventurando pelo cenário da F1, os engenheiros da Red Bull, segundo o piloto Mercedes Lewis Hamilton: “Provaram que eu e quem pensava igual estávamos errados. Fizeram um grande trabalho”.

Em 2022, os títulos dos Campeonatos de Pilotos e de Construtores marcam a quinta dobradinha da história do time, que alcançou o mesmo feito em 2010, 2011, 2012 e 2013. Neste período, o atual piloto da Aston Martin e futuro aposentado, Sebastian Vettel, se consagrou tetracampeão mundial à frente do touro vermelho.

Nos últimos tempos, o neerlandês Max Verstappen tem sido a potência da equipe. Somente neste ano, ele bateu o recorde de vitórias e pontuação em uma mesma temporada de Fórmula 1, com 14 corridas ganhas, 416 pontos e contanto. Pela primeira vez em algum tempo, a hegemonia Mercedes chegou ao fim. 

Para o fim de novembro, Interlagos e Yas Marina possuem tudo para não surpreenderem com a dominância definitiva da Red Bull. Já para 2023, alguns obstáculos podem aparecer no caminho, assim, o público terá que esperar para descobrir se novamente assistirá o touro vermelho em plena fúria nas pistas da F1.

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Nathalia Tetzner é estudante de Jornalismo e ama escrever sobre quase tudo. Seja debatendo cultura ou analisando Fórmula 1, ela sempre carrega consigo um senso crítico e social.

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